São Paulo – Dono da marca Luigi Bertolli, o grupo GEP entrou com um pedido de recuperação judicial. Com pesadas dívidas, a empresa tem enfrentado dificuldades com a alta da taxa de juros e a desvalorização do real. O grupo é formado pela holding Blue Bird, pelo grupo GEP (Grupo Empresarial Pasmanik), que detém as marcas Luigi Bertolli, Cori e Emme, além do outlet Offashion, na Tudo Bem Tudo Bom e na Oásis Empreendimento, que tem ativos agrícolas.
O grupo tem 1.600 funcionários e teve, no ano passado, faturamento de 544 milhões de reais. A corporação surgiu em 1957, com a criação da marca Cori. Hoje, sua marca mais potente é a Luigi Bertolli, com 46 lojas no estado. A Emme tem dezoito lojas, a Cori, dezesseis e a GAP retém 10. São ainda sete outlets Offashion.
Apesar de ter crescido em torno de 10% entre 2008 e 2014, a empresa afirmou, em teu pedido de recuperação judicial, que o ano de 2015 foi bastante trabalhoso. Além da queda de consumo e descontos excessivos, a desvalorização cambial assim como prejudicou a companhia, que importava enorme fração de suas peças. No final das contas, a operação da GAP no Brasil sofreu com os reflexos de sua incerteza no exterior. Segundo o grupo brasileiro, a marca “não se atualizou ao modelo fast fashion e cometeu erros consecutivos em suas coleções”, diz a corporação no documento.
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Para custear tuas operações a organização tomou diversos empréstimos de bancos e realizou uma emissão de debêntures de 130 milhões de reais. No entanto, ela declara que o acréscimo da taxa de juros tornou a dívida pesada demasiado. Atualmente, o teu endividamento é de 513 milhões de reais. Desse total, 186.795 são dívidas trabalhistas. O pedido foi feito em janeiro na Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. A organização é representada pelo escritório de advocacia Renato Mange Advogados Associados e o recurso de recuperação será guiado pelo escritório Alvarez & Marsal.
Em 2013, a organização foi denunciada por condições de trabalho análogas à escravidão em um de seus fornecedores. 28 bolivianos foram libertados de uma oficina clandestina por uma ação que uniu o Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Receita Federal. Segundo a Repórter Brasil, os costureiros tinham horas de serviço exaustivas, recebiam salários muito baixos e ficavam em lugares sem condições de segurança.
São Paulo – Apesar de todas os defeitos que momentos de crise impõem, estes conseguem ser oportunidades para a reorganização do mercado. É o que dizem em seu estudo os professores Ricardo Britto, da diretor da International Business School Brasil, e Luiz Roberto Carnier, professor do Americas Academic Center. De acordo com os pesquisadores, momentos de dificuldades e de bonança financeira são ciclos pelos quais a economia mundial passa periodicamente.
Logo, saber encarar com qualquer um deles é primordial pra que se tenha um progresso permanente. Para Ricardo Brito, a descomplicado demissão de funcionários não significa uma transformação de estratégia da empresa. As estratégias para suportar com momentos críticos, não obstante, irão muito além das demissões e redução nos custos. E eles sinalizam alguns caminhos que estão sendo seguidos por grandes organizações para afrontar o desafio. Veja a acompanhar os exemplos apontados pelos professores.
A criadora do Windows aplicou o que se chama de downscoping, corte específico em unidades de negócios não atrativas ou não pertinentes ao escopo central de negócios de uma corporação. A companhia reduziu de forma drástica o número de colaboradores da área de telefonia para ter um assunto maior nas áreas de desenvolvimento de software. Em vez de suprimir o tamanho da organização, e achatar os lucros, a Microsoft decidiu dar mais atenção pra áreas que conseguem transportar resultados melhores a médio e alongado período.
Focado em automóveis conhecidos e produção em vasto escala, o grupo indiano Tata foi um dos que sofreu com a recessão, com a retração da procura e margens menores de vendas. A companhia passou, desse jeito, a investir mais potente nas marcas Jaguar e Land Rover, compradas por ela em 2008, e que têm um apelo de mercado maior, por ofertar produtos sofisticados – e de maiores valores. Ainda assim, para o professor Ricardo Brito, a decisão pode ser ponderada arriscada e necessita de cautela, em razão de pressupõe produtos famosos convivendo com outros de valor elevado agregado no mesmo portfólio.